Relato do meu segundo parto

Como já contei aqui meu primeiro parto aconteceu a 2 anos atrás, cesárea, e quando descobri que estava grávida novamente após apenas 1 ano e 2 meses do primeiro parto já pensei que nao poderia fazer um parto normal, mas me informei, pesquisei, falei com meu GO e descobri que sim seria possível!
Então passei a gestação toda esperando poder ter um PN principalmente por causa da recuperação ser mais rápida e eu já ter um filho para cuidar, ou seja ficar de repouso não ia rolar!
Então foi passando, 37 semanas, 39 semanas, 40 semanas e nada, fiquei bastante debilitada, apesar de ter engordado só 14kg (na primera engordei 30kg) me sentia muito exausta, nao conseguia fazer absolutamente nada, nem cuidar do Chris, ficou quase tudo a cargo do pai e da avó.
Quando começamos a monitorar com o exame do toque se havia dilatação foi constado em todas as vezes, 1 dedo apenas, sem evolução semana após semana, mas eu sabia que quando chegasse a hora poderia dilatar de uma hora para outra, então mantive a esperança.
Chegando as 40 semanas e 6 dias fui ao hospital fazer uma consulta de rotina, mas já quase decidida que não sairia de lá aquele dia sem minha bebê no colo!
Passei por um médico plantonista super seco, mal olhou na minha cara, fez o toque, sem dilatação, e eu já desesperada de exaustão perguntei "Doutor até quando?" ele disse "Na teoria até 42 semanas!" isso eu já sabia rss mas queria mesmo saber se poderia tentar uma indução ou algo assim, mas devido a ter uma cesárea recente não era recomendado. O doutor me pediu um ultrassom para ver o tamanho da bebê, e ia ser feito lá no hospital mesmo, mas a enfermeira me avisou que demoraria pelo menos 1h para vir o ultrassonografista. Pois bem, eu havia deixado meu mais velho com a minha mãe, e estava lá com meu marido, fomos então comer algo que eu já estava faminta, fomos ao McDonald's (aloka) e comi um lanche com suco e batatas,voando,de tanta fome! rss
Voltando no hospital até levei um cházinho de cadeira para fazer o US, mas enfim chegou a hora, e que surpresa, a menina estava com 4.300kg e 53cm!!! Eu não sabia pois o último ultra que meu GO havia pedido foi com 30 semanas e ela ainda estava bem pequenininha.
Voltei para levar o exame e pra minha sorte havia mudado o plantonista, estava um doutor super bonzinho, e quando ele viu o tamanho reconheceu que estava bem grande, e eu já fui na lata "Então,podemos fazer uma cesárea?" e ele disse "Se você quiser sim." então me perguntou algo que eu fui obrigada a dar uma maquiada "O que você comeu por último?" eu disse "Um suco e um sanduiche" rss não confessei que era um Quarteirão senão não ia rolar... e já fui pra internação.
Vejam bem, eu sei que poderia sim ter esperado, estava tão perto de 42 semanas, mas meu corpo não aguentava mais, já não dormia, nem raciocinava direito, estava ficando e deixando todo mundo doido, não conseguia cuidar do meu filho, nem trabalhar, nem nada, então minha decisão foi aquela, faria a cesárea, minha filha estava claramente pronta, em um tamanho e peso excelentes, então partiríamos para a cirurgia.
Fui internada, coloquei a sonda (que dessa vez incomodou DEMAIS, muito mais que da primeira vez), e logo fui para a cirurgia, a anestesia foi tranquila, rapidamente já começaram, e as 10:20h da noite nasceu minha Mabelle, enorme, linda, chorando forte.

Pesaram, fizeram todos os procedimentos e já veio para meu peito, onde ficou a madrugada toda, até que de manhã coloquei a roupinha que tinha separado para ela, e em 36h recebi alta e fomos para casa.
A recuperação foi PUNK, muito mais dificil do que a primeira cesárea, sofri com dor no corte da cirurgia, chegava a travar, nao sabia como ia conseguir dar um passo sequer, no banho eu encostava na parede e nao conseguia me mover, meu marido teve que me ajudar várias vezes a sair do banho,colocar roupa,absorvente etc, a dor foi intensa durante 7 dias, tive que passar o aniversário de 2 anos do Chris quase chorando de dor, mas me contive para o dia dele ser feliz.
Passada 1 semana já comecei a ficar bem e com 15 dias a vida voltou ao normal.
Em conclusão foi uma cirurgia muito tranquila, só a recuperação que realmente nao foi fácil, mas estamos todos bem,em casa e saudáveis!

A maternidade "deboísta"

Quando descobri que estava grávida do meu primeiro filho, aos 25 anos, eu como uma típica ansiosa de carteirinha comecei a pesquisar sobre tudo que envolvia maternidade no Sr. Google, desde parto até alimentação saudável,vacinas etc, e na minha ingenua cabecinha já tracei milhares de planos: parto vai ser normal, amamentação só no peito, alimentos só orgânicos feitos em panela de ágata, atividades todos os dias para desenvolver bem etc etc etc...
Aí veio a realidade, que mudou tudo, é claro que a gente quer o melhor para nossos filhos, mas conseguir cumprir tudo que é o "certo" para mim pelo menos foi impossível.
Quando chegou o segundo filho então, as coisas ficaram mais corridas e o politicamente correto mais longe da vida real.
Então me pego pensando, minha avó dava mamadeira com açucar para meu pai desde que saiu do hospital, e ele ta aí, mais forte que eu, vai viver uns 100 anos pela saúde que têm, entre tantas outras historias que escutamos do tempo das nossas mães a avós que hoje soam "cabeludas" , meu avô sempre conta que lá onde ele cresceu no Nordeste, sua mãe os alimentava com mingau de farinha pura, desde bebezinhos, e mais um exemplo de homem forte e muito saudável...
Lógico, que naquela época informação era só no boca a boca e hoje temos muita consciência do que é melhor para nossas crianças, temos recursos,todas informações a um clique, então não podemos errar por ignorância, mas a questão não é repetir o que era feito a décadas atrás, e sim repensar um pouco, será que sou mesmo uma bruxa por deixar meu filho comer doce? Estou falhando miseravelmente por dar uma mamadeira pra minha filha que fica chorando de fome mesmo depois de mamar no peito? Devo ser condenada a guilhotina pois na correria já meti uns nuggets no forno e dei no almoço pro meu filho? Vixi...
Amigas, quantas vezes eu me deitei na cama a noite com minha cabeça fervendo,e as lágrimas escorrendo me martirizando (sim, EU me martirizo pois minha família nunca me condenou por nenhuma das minhas decisões ou erros) diante de tantos relatos de "meu filho nunca experimentou um danoninho" "mamou no peito até os 4 anos!" "chupeta nunca passou perto" "o quarto deles é montessoriano" "andou com 8 meses" "nossa meu filho já falava tudo com 9 meses!!" que li pelos
blogs,fóruns,grupos da vida... pensava, "Caramba como posso ser tão péssima assim?".
Agora, que já sou mãe a 2 anos, de 2 crianças, cheguei em um lugar de paz comigo mesma, de aceitação, do mais puro "deboísmo". Não estamos falhando quando não conseguimos cumprir todas as metas que colocamos, ou que colocam para nós, estamos apenas vivendo a realidade, de que cada criança é de um jeito, que temos que utilizar o que está em nossas mãos para conseguir viver BEM.
Precisamos parar de justificar a forma que educamos e criamos nossos filhos, por exemplo "Melhor dar o que ele quer comer do que deixar morrendo de fome..." ninguém tem nada com isso, e não, seus filhos não vão ser doentes, tiranos, marginais, mimados ou algo assim porque chuparam chupeta, ou porque tomaram suco de caixinha uma vez ou outra!

Vamos nos permitir a felicidade, eu como mãe de um menino dificil de comer já chorei muito e meu coração apertava a cada refeição saudável jogada foram, a cada fruta categoricamente recusada pelo meu filho, até que um dia me abri com minha mãe e disse que me sentia muito triste e tinha vontade de chorar todas as vezes que isso acontecia, e ela me disse assim: "Isso não é motivo para se sentir assim, pense em uma mãe que tem um filho com problema de saúde, se ela iria preferir que ele desse o maior trabalho do mundo para comer todos os dias e fosse saudável ou passar mais um dia com o filho na situação de doente?" e isso me conscientizou, nao posso ficar mal por coisas pequenas, coisas de criança! Tenho que dar graças a Deus por eles serem saudáveis.
Não quis comer? Paciência, tento de novo mais tarde!
Tá chorando mas já troquei,amamentei,vi que não está com desconforto... dei chupeta mesmo e ela acalmou e dormiu sossegadinha!
Viu o quiosque do McDonald's e pediu sorvete em um passeio de fim de semana? Legal filhão vamos tomar uma casquinha depois de acabar de brincar no play! A noite come uma sopinha bem saudável (ou não rss) e isso não vai mudar nada em nossas vidas! Só o fato que tivemos um momento feliz!
Mais uma vez, não sou a favor do "tudo pode" nem do "dane-se o certo" , eu acredito sim que devemos tentar sempre o que é mais saudável as nossas crianças, mas a realidade é que nem sempre isso dá certo, e isso não é problema algum!
Vamos levar a maternidade mais DE BOA, se cobrem menos, e se alguém te cobrar manda vir passar um dia no seu lugar, cada um têm sua realidade e ninguém pode te julgar.
Sejamos felizes, a  vida passa rápido, se você conseguiu fazer tudo como manda o figurino MEUS SINCEROS PARABÉNS,eu não consegui, e to de boa :)

Bebê nº 2 chegando!

Nunca mencionei no blog, mas estou grávida de novo,sim,agora vem aí uma menininha chamada Mabelle, e quando digo agora é agora mesmo, estou com 39 semanas só esperando a chegada dela para próxima semana.
E finalmente consegui comprovar o que sempre dizem,cada gestação é de um jeito,vou resumir como foi esta...

Primeiramente foi uma gravidez planejada, eu queria muito que meus filhos tivessem no máximo 2 anos de diferença e quando o Christian completou 1 ano e 2 meses na primeira tentativa já recebi meu positivo, ficamos muito felizes! Até o primeiro ultrassom, com aproximadamente 5 semanas onde não se viu embrião algum e um descolamento ovular (DE NOVO!) de mais de 50%, fiquei arrasada principalmente com o que o ultrassonografista disse, palavras que nao esquecerei "Geralmente não vinga quando tá assim" recebi recomendação de repouso absoluto o que é impossivel quando se tem um bebÊ de 1 ano pra cuidar.
Voltei pra casa como se tivesse levado um balde de água fria, e entreguei nas mãos de Deus, se fosse pra ser ia ser pois eu não conseguiria repousar, foram dias de muita apreensão e aflição, sem saber o que estava acontecendo, se tinha ou não tinha bebê ainda, e junto começaram os enjoos, muuuuito piores que os da primeira gravidez, era terrível vomitava todos os dias e com todos os cheiros, tinha que fazer comida pro meu mais novo e isso era dificil por causa dos temperos, e o medo de ficar vomitando e isso forçando ainda mais o descolamento...
Com 12 semanas aproximadamente vimos o embrião, coração batendo,estava tudo bem, descolado ainda mas pelo menos o bebê estava bem!
O tempo foi passando, os enjoos não, com aproximadamente 7 meses que pararam de vez.
O sexo só consegui confirmar com certeza as 22 semanas imaginem minha ansiedade, e o nome já havia definido a muito tempo, Mabelle (minha querida).
Confesso que fiquei muito mais tranquila nessa gravidez quanto a comprar enxoval,preparar as coisas,comecei tudo mais tarde, e reaproveitei quase tudo, berço, carrinho, bebê conforto e até umas roupinhas mais unisex.
Quanto a escolha do parto, queria muito um parto normal, para me recuperar bem rápido e volta a ativa principalmente poder cuidar do meu mais velho, sentar no chão com ele, fazer as comidinhas que ele gosta, então estou aguardando Deus dar o OK e começar, mas confesso que os desconfortos são tão grandes agora berando a 40 semana que as vezes dá vontade de pedir uma cesárea! rss Mas vou deixar minha pequena vir ao tempo dela.
Como já dizem cada gestação é de um jeito, as maiores diferenças resumidas que senti nessa foram:
 - Ganho de peso: na primeira engordei 30kg desta vez foram 11kg! Quebrando o mito que menina faz engordar mais.
 - Ansiedade: apesar da aflição no começo pra saber se ia dar tudo certo,me senti muito mais tranquila a confiante,sem recorrer ao Dr. Google a cada sinalzinho diferente, já sabia mais ou menos como a banda tocava.
 - Irmãos: agora a ansiedade é para ver os irmãos juntos, a reação do Chris e como vai ser a vida com os dois, sei que fácil não será mas com certeza com tanto amor em dobro vai ser maravilhoso.

É isso, estamos aguardando a princesinha até dia 15/01 e logo volto para contar o relato deste segundo parto.